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Perturbações Alimentares: Definição e Sintomas, Factores de Risco, Prevalência e Intervenção

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    o pátio - comunidade
  • 25 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

Tal como o nome indica, as perturbações alimentares são caracterizadas por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado com a mesma, resultando no consumo ou absorção alterada de alimentos. Estas perturbações podem assim comprometer significativamente, tanto a saúde física, como o funcionamento psicossocial (1).



  • Consoante a perturbação em causa, os sintomas podem variar desde a ingestão de substâncias não nutritivas, regurgitação, evitamento da ingestão alimentar ou episódios de compulsão alimentar, podendo estes ser, ou não, seguidos, por comportamentos compensatórios inapropriados, como vómitos autoinduzidos (1).

  • Posto isto, o DSM-5 reconhece actualmente 6 tipos de perturbações alimentares: Pica; Perturbação de ruminação; Perturbação alimentar restritiva/evitativa; Anorexia nervosa; Bulimia nervosa e Perturbação de compulsão alimentar (1).

  • Para além dos dois primeiros tipos anteriormente referidos (pica e perturbação de ruminação), mais comummente relatados em indivíduos com deficiência intelectual, as perturbações alimentares apresentam diversos factores de risco, variando estes de perturbação para perturbação. Entre eles estão os factores genéticos e fisiológicos; factores temperamentais do próprio individuo (tais como a ansiedade, depressão, baixa-autoestima) ou até mesmo factores ambientais. Nestes últimos, ganham relevância o impacto que contexto familiar e cultural podem ter na forma como os indivíduos se autopercepcionam a si e à sua imagem (1).

  • Perturbações como a anorexia e bulimia nervosa começam geralmente durante a adolescência ou na idade adulta jovem, sendo ainda mais prevalentes no sexo feminino, com uma proporção de aproximadamente 10:1. Indivíduos com estas perturbações verificam também um risco de suicídio superior (1).

  • Ao nível da intervenção, nenhum tipo de terapia se evidenciou como superior no tratamento de adultos com anorexia nervosa (2). Ainda assim, intervenções familiares têm-se estabelecido no tratamento de adolescentes com esta perturbação (2)(3). A terapia cognitiva-comportamental e psicoterapia interpessoal têm-se demonstrado como mais eficazes em adultos com bulimia nervosa, verificando-se resultados a longo prazo (2)(3).

Referências Bibliográficas:

(1) American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing. (2) Kass, A. E., Kolko, R. P., & Wilfley, D. E. (2013). Psychological treatments for eating disorders. Current Opinion in Psychiatry. http://doi.org/10.1097/YCO.0b013e328365a30e (3) Wilson, G. T., Grilo, C. M., & Vitousek, K. M. (2007). Psychological Treatment of Eating Disorders. American Psychologist, 62(3), 199–216. http://doi.org/10.1037/0003-066X.62.3.199

 
 
 

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