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Viver com uma doença crónica

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    o pátio - comunidade
  • 17 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de nov. de 2019

As doenças crónicas são definidas como doenças de longa duração (geralmente superior a 6 meses) com aspetos multidimensionais, evolução gradual dos sintomas e potencialmente incapacitantes. Pelas limitações nas possibilidades de tratamento, pela sua gravidade e pelo impacto que podem causar na vida do doente, muitas vezes têm implicações na aceitação da sua condição. Para além disso, podem exigir longos períodos de supervisão, observação e cuidados que alteram significativamente a vida das pessoas que lutam com uma doença crónica. Posto isto, compreende-se que estes indivíduos se debatam com problemas ao nível físico, emocional, psicológico, familiar, social e profissional, dimensões cuja centralidade na nossa vida, quando particularmente afetadas, complicam o processo de viver com uma doença crónica. Cancro, diabetes, doença de Alzheimer, hipertensão, asma, SIDA e doenças autoimunes são alguns exemplos de doenças desta natureza.


Cada doença tem as suas especificidades: algumas podem ter tratamento mais demorado ou podem não ter cura, afetando a qualidade de vida e o bem-estar da pessoa a longo prazo ou para toda a sua vida. Assim, os efeitos emocionais e psicológicos podem ser devastadores e até influenciar o processo de tratamento pois, para além dos condicionamentos do dia-a-dia, obrigam a tomadas de decisão e à exploração de novos caminhos desconhecidos.


Perante a doença e as suas implicações, existem alguns aspetos que ajudam a uma maior aceitação da doença e à procura de alternativas que aumentam o bem-estar:

· Aprender tanto quanto possível sobre a doença – informação permite lidar melhor com os sintomas e tratamentos, mas atenção que saber tudo nem sempre é positivo.

· Procurar um médico com o qual se sinta bem, fazer todas as questões que tiver, tomar as decisões sobre os tratamentos com ele e seguir o tratamento de forma adequada.

· Manter um exercício físico regular e uma dieta equilibrada, sempre adequados à situação clínica. A prevenção de complicações da doença é igualmente fundamental.

· Manter-se socialmente ativo, participando em atividades que promovam o bem-estar psicológico e organizando planos regulares com familiares e amigos.

· Reconhecer e aceitar que, durante o tratamento, poderão haver dias bons e maus.

· Lembrar-se que as pessoas são muito mais do que a sua doença. Ter uma doença crónica é apenas uma parte da sua pessoa, que tem qualidades e defeitos próprios.

· Procurar apoio psicoterapêutico pode ajudar, mesmo quando se sente que se tem um bom suporte familiar e de amigos. A ajuda de um profissional de saúde mental pode ser necessária e aconselhável para os que lidam com a doença de um ente querido.



 
 
 

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